Problema grave de saúde pública, a obesidade infantil não apenas cria grandes chances de culminar num adulto obeso, como também traz consequências negativas para a criança desde os primeiros anos.
Apesar dos riscos, o problema não é abordado seriamente pela maioria das pessoas. A quantidade de crianças obesas já cresceu incríveis dez vezes de 1956 a 2016, e, no Brasil, esse número pode quadruplicar até 2030.
Não é brincadeira de criança: a obesidade infantil é um problema real, grave, complexo, que precisa de atenção imediata. Por isso, hoje vamos falar sobre o que realmente é essa doença, como preveni-la e combatê-la adequadamente.
Faça a sua parte em sua família e ajude outras a também abordarem esse problema de frente. Vamos lá!
O que é obesidade infantil
Caracterizada pelo excesso de gordura capaz de causar prejuízos à saúde, a obesidade normalmente é calculada pelo IMC (Índice de Massa Corpórea), conforme já mostramos aqui no blog.
No entanto, para a obesidade infantil, o cálculo é diferente: é necessário levar em conta outros fatores, como a relação entre o peso e a idade ou entre o próprio IMC e a idade. Em qualquer situação, no entanto, é sempre importante contar com a assistência de um pediatra.
Não adianta ignorar o problema ou atribuir os quilos a mais à “fase de crescimento” da criança, pois uma criança obesa tem cerca de 80% de chances de também ser um adulto obeso.
Se a obesidade adulta já é grave – estando associada a doenças cardiovasculares, respiratórias, hepáticas, renais e até câncer, entre outras – , na infância ela é ainda mais preocupante. Não apenas começa a criar ambiente favorável para diversos problemas de saúde no futuro, como também pode prejudicar o desenvolvimento do esqueleto da criança.
Além disso, é comum que crianças obesas sejam vítimas de bullying, o que pode trazer problemas no seu desenvolvimento e consequências psicológicas sérias. Muitas vezes, quadros de depressão ou ansiedade provocados pelo bullying podem levar a criança a comer mais, criando um ciclo vicioso.
Causas da obesidade infantil
A obesidade infantil pode ter várias causas, que, muitas vezes, aparecem combinadas. Sim, a genética pode ser uma das causas, como, por exemplo no caso da síndrome de Prader Willi. Trata-se de uma doença rara, que compromete o hipotálamo e pode prejudicar o metabolismo e aumentar o apetite, entre outras consequências.
Além disso, pais obesos têm cerca de 80% de chances de também terem filhos obesos. No entanto, nem sempre essas chances se devem à genética: hábitos alimentares de pais obesos, bem como seu eventual sedentarismo, podem contribuir muito para o aparecimento da obesidade nos filhos.
É o que nos leva a uma segunda causa: a associação entre alimentação inadequada e falta de atividades físicas, agravada pelo longo tempo em frente às telas, como: computadores, celulares, notebook e televisão.
Além disso, é preciso investigar outras causas, como disfunções hormonais e má qualidade do sono, que podem prejudicar a criança em vários aspectos, inclusive provocando ganho de peso. Ocorrência de bullying, ansiedade e depressão também podem estar ligadas à obesidade em crianças.
Como combater a obesidade infantil
Na hora de enfrentar a obesidade infantil, é necessário investigar todas as possíveis causas: genética e questões psicológicas, conforme dissemos, podem ser a razão do excesso de peso.
Também é preciso, desde cedo, promover a alimentação correta: é importante amamentar a criança pelo máximo de tempo, mantendo o leite materno como único alimento pelo menos durante os seis primeiros meses de vida.
Quando forem introduzidos outros alimentos na dieta da criança, é fundamental evitar alimentos adoçados. O açúcar já se provou como um dos grandes vilões da obesidade infantil. Quase 80% das crianças a partir de 6 meses de idade comem bolachas, e 20% consomem sucos artificiais.
Alimentos como esses são desnecessários para a criança e acabam, além de fornecer glicose em excesso, “viciando” o paladar dos pequenos. Criam-se, assim, hábitos alimentares errados que podem dar muito trabalho para serem revertidos.
A prática de atividades físicas deve também ser estimulada. Os pais devem limitar o tempo de tela da criança. Evitar que ela fique muito tempo no celular ou televisão é fundamental, bem como estimular brincadeiras e exercícios físicos.
Ainda é importante ter uma rotina de alimentação estabelecida e dar o exemplo em casa, proporcionando hábitos saudáveis para toda a família. Contar com o acompanhamento de um pediatra e seguir suas orientações também é essencial.
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