Atualmente, há vários métodos para auxiliar o processo de emagrecimento e combate à obesidade. Um deles é o tratamento medicamentoso, uma opção indicada em determinadas situações. No Brasil, três medicamentos são liberados para o tratamento da obesidade.
Todavia, como todo medicamento, eles precisam ser avaliados, com relação aos benefícios e aos riscos da sua utilização, por um médico endocrinologista que, de preferência, faça parte de uma equipe multidisciplinar.
Não é só fechar a boca e malhar
Antes de tudo, é preciso compreender que as causas da obesidade são diversas, podendo ser genética, ambiental, sociocultural e comportamental. Por isso, é imprescindível que seu tratamento seja multidisciplinar, ou seja, com a atuação de médicos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos.
Em que casos é indicado o uso de medicamentos?
A farmacoterapia está prevista pelo Ministério da Saúde como opção em casos de estágio mais avançado de obesidade. Assim, esse tipo de tratamento é indicado apenas quando a pessoa apresenta valores de IMC a partir de 30 kg/m², com ou sem comorbidades.
Mas, afinal, quais medicações para tratamento da obesidade são utilizados?
É importante ressaltar que, antes de prescrever o medicamento, deve ser feita uma avaliação clínica considerando doenças preexistentes e remédios dos quais o paciente já faça uso. Estes são os medicamentos autorizados para tratamento em caso de obesidade:
Sibutramina: classificado como inibidor de apetite, ele atua bloqueando a recaptação de noradrenalina e serotonina, neurotransmissores, com efeito, na ingestão de alimentos, reduzindo o apetite.
Orlistate: faz o paciente perder, pelo intestino, parte da gordura ingerida, então é preciso ter cuidado ao ingerir comida muito gordurosa, pois pode ocorrer diarreia.
Liraglutida: injetável, esse medicamento age aumentando a secreção de insulina quando existe uma alta concentração de glicose circulando no sangue, e retarda o esvaziamento gástrico.
Efeitos colaterais das medicações para tratamento da obesidade
Em geral, medicamentos para tratamento da obesidade são bem tolerados, com efeitos que podem variar caso a caso. A maioria dos casos de pacientes com obesidade precisa mesmo de intervenção medicamentosa, já que a doença é crônica e pode trazer outras complicações quando não tratada, como diabetes e riscos cardiovasculares.
Em linhas gerais
Para tratar a obesidade, não é necessário eliminar a gordura da nossa alimentação. Elas não são necessariamente vilãs. A verdade é que, em quantidades adequadas, elas são muito importantes para o bom funcionamento do nosso organismo, inclusive nos ajudando a absorver vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K).
No entanto, algumas orientações precisam ser seguidas durante todo o tratamento. Para isso, contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar especializada e não enxergar os remédios como uma fórmula mágica é fundamental para um resultado eficiente.