A obesidade mórbida ainda é um assunto que gera muitas dúvidas. As principais são sobre quando este estado físico é atingido por uma pessoa e quais são os riscos de saúde para quem se encontra nesta classificação.
A princípio, devemos informar que o cálculo para a determinação da obesidade mórbida é pautado pelo IMC (Índice de Massa Corporal), uma medida internacional que, inclusive, é recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um dos parâmetros principais para avaliação da saúde.
Abaixo, falaremos mais sobre o tema, evidenciando como você pode fazer este cálculo e quais são as principais preocupações de quem está muito acima do peso.
Quer para saber mais sobre o assunto? Continue sua leitura até o final!
Quando a obesidade mórbida é atingida? Qual é o cálculo?
A obesidade mórbida é atingida quando uma pessoa apresenta o Índice de Massa Corporal acima de 40 — que seria o mesmo que Obesidade III, de acordo com a tabela da OMS.
Para realizar o cálculo e descobrir por conta própria é bem simples: basta dividir sua massa (peso corporal, em termos mais simples) pela sua altura ao quadrado.
A massa deve estar em quilogramas e a altura em metros.
Uma vez com o resultado, você pode compara com a tabela e verificar onde você se encontra na escala do peso ideal.
Apenas para fins de referência, saiba que o peso adequado apresenta um IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Ultrapassando esses valores o indivíduo entra no sobrepeso, que é quando os riscos de saúde começam a aparecer.
Qual a relação da obesidade com as doenças cardíacas?
A princípio, desde a Obesidade Grau I (IMC de 30 a 34,9kg/m2) já é possível observar um risco aumentado para as doenças cardiovasculares. Além delas, a síndrome metabólica também já começa a aparecer nos hemogramas e em outros exames clínicos rotineiros.
Para quem não sabe, a síndrome metabólica nada mais é do que o agravo de alguns marcadores biológicos como glicose, triglicerídeos, colesterol HDL e LDL, por exemplo. A pressão sanguínea também é outro fator a ser monitorado e levado em consideração.
O aumento do colesterol LDL — o colesterol “ruim” — e dos triglicerídeos também ajuda a indicar que o indivíduo está colocando sua saúde em risco por conta de alguns hábitos alimentares da sua rotina.
O que a obesidade tem a ver com cada um desses pontos? Absolutamente tudo.
Quando aumentamos nosso tecido adiposo, nosso corpo passa a ter um metabolismo diferente, que, essencialmente, é mais lento do que o de uma pessoa ativa e com uma dieta mais saudável. Há uma profunda mudança no quadro hormonal e em outros aspectos fisiológicos.
O aumento dos triglicerídeos, por exemplo, é um forte indicador de uma ingestão calórica acentuada, e seu acúmulo na corrente sanguínea está fortemente relacionado com arteriosclerose e outros problemas de saúde.
Fora isso, estar muito acima do peso faz com que o coração tenha que trabalhar forçadamente para conseguir dar conta do bombeamento de sangue para todo corpo. Para as pessoas que estão mais pesadas, isso resulta em fadiga e em falta de ar com pequenos esforços.
Quais são as principais doenças ligadas a obesidade mórbida?
Existem várias doenças que podem ser traçadas diretamente para a obesidade mórbida, dentre as principais, são elas:
- diabetes;
- hipertensão;
- depressão;
- doenças hepáticas;
- doenças vasculares.
Contudo, antes de se desesperar, saiba que é possível reverter seu quadro de saúde com a redução de peso, que pode acontecer com a inclusão de exercícios físicos e de uma alimentação equilibrada.
O importante é entender que estar acima do peso pode diminuir significativamente sua expectativa e qualidade de vida.
No caso do surgimento de problemas pessoais, é recomendado o acompanhamento psicológico para auxiliar no emagrecimento ou até mesmo para ajudar as causas do ganho de peso, que em muitas situações pode estar relacionado com ansiedade ou outros aspectos emocionais.
O que fazer para reduzir os riscos?
O primeiro passo é ter um diagnóstico antecipado para a obesidade. Não é necessário, de forma alguma, atingir o grau III para decidir se cuidar ou tomar alguma atitude com relação sua saúde.
Dito isso, é preciso informar que o caminho não é fácil, mas é extremamente recompensador — especialmente para as pessoas que já apresentam alguns sintomas desagradáveis de uma ou mais comorbidades que citamos acima.
Com o devido acompanhamento profissional — que deve ser composto de uma equipe multidisciplinar, com médicos, nutricionista, profissional de educação física e, em alguns casos, psicólogo e/ou psiquiatra —, é perfeitamente possível retomar uma vida saudável.
Dentro de alguns meses de trabalho e acompanhamento é extremamente comum observar uma queda no peso corporal dos indivíduos que se submetem a esse tipo de intervenção.
Nesse mesmo período, também é possível ver o aumento da energia, melhora do humor, da autoestima e até mesmo da vontade própria para continuar no novo estilo de vida. Além disso, os sintomas como cansaço, irritabilidade, falta de ânimo e de energia também costumam sumir.
Para as pessoas que estão em situação mais delicada, hoje existem alternativas cirúrgicas, como a cirurgia bariátrica, que também auxiliam e permitem que a pessoa consiga reduzir seu peso corporal de forma mais eficaz e com menos dificuldade.
Entretanto, preze pela sua saúde e evite o máximo possível as alternativas mais invasivas — a boa alimentação saudável, aliada aos exercícios físicos, é tão funcional para emagrecer rápido quanto as alternativas médicas, que são normalmente indicadas para casos mais extremos.
Por fim, é preciso ressaltar que o controle do peso corporal vai além de uma medida puramente estética. Trata-se de uma questão de saúde e até um possível indicador da sua qualidade de vida, uma vez que o estresse e outros fatores externos também costumam levar ao ganho de peso.
Saiba que o tratamento para obesidade está nas mãos de qualquer pessoa que decida mudar a própria vida. Portanto, nada de deixar sua saúde piorar antes de pedir ajuda. Mude o quanto antes e colha os enormes benefícios que uma vida saudável pode proporcionar para aqueles que decidem se superar e encarar o desafio.
Gostou do post? Conseguiu entender o que é considerado obesidade mórbida? Que tal uma leitura complementar sobre obesidade e depressão? Temos certeza que você não se arrependerá de ler este novo conteúdo!